Alonso Mudarra (c. 1510–1580) foi um compositor e vihuelista espanhol do Renascimento, amplamente reconhecido como uma das figuras mais importantes da música para vihuela – um instrumento similar ao violão renascentista, muito popular na Espanha do século XVI.

Nascido provavelmente em Sevilha, Mudarra teve uma formação sólida tanto musical quanto humanística. Ele serviu na corte do duque do Infantado e mais tarde tornou-se cônego da Catedral de Sevilha, onde trabalhou por muitos anos, promovendo a música litúrgica e contribuindo para a vida musical da cidade.

Sua principal obra publicada foi o livro Tres libros de música en cifra para vihuela (1546), uma das coleções mais importantes do período. Nela, Mudarra incluiu peças para vihuela solo, além de canções para voz e acompanhamento. A obra contém fantasias, pavanas, romances e villancicos, com exemplos notáveis de inovação formal e expressividade.

Mudarra também é conhecido por ter escrito algumas das primeiras peças conhecidas com indicação de tempo na música instrumental, além de empregar notações avançadas para a época. Sua música revela grande sensibilidade melódica e um domínio técnico que influenciou gerações posteriores de compositores ibéricos.

Ele faleceu em Sevilha, em 1580, deixando um legado duradouro como um dos mestres da vihuela e da música renascentista espanhola.